Amar é dar. Derramar-nos num vaso que nada retém. E somos um fio de cana por onde circulam ventos e marés. Amar é aspirar as forças generosas que nos rodeiam. O sol e os lumes. As fontes ubérrimas que vêm do fundo e do alto. Dar tudo ao outro. Dar-lhe tanta verdade quanto ele possa suportar. E mais, obrigar o outro a elevar-se a um grau superior de eminência. Fulguração! Mas não tanto que o fira ou destrua em overdose que o leve a romper o contrato.
Amar é raro porque poucos somos capazes de respirar as vastas planícies com a metade do seu pulmão. E é raro porque poucos aceitam a presença do seu semelhante. A boca insaciável de um irmão que todos os dias o vento esculpe e destrói. Aceitar as diferenças e padecer da dor alheia, como se fossemos os grãos de areia que todos os dias o mar devora.
Amar é raro porque poucos somos capazes de respirar as vastas planícies com a metade do seu pulmão. E é raro porque poucos aceitam a presença do seu semelhante. A boca insaciável de um irmão que todos os dias o vento esculpe e destrói. Aceitar as diferenças e padecer da dor alheia, como se fossemos os grãos de areia que todos os dias o mar devora.
AP
3 comentários:
Mt bom mesmo!
beijinho
E tu, aceitas?
Gostei mesmo. Profundo.
Amar é também dar ao outro o direito de existir em pleno com todos os seus direitos. E às vezes custa tanto!
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