Salpico por dentro dos fios de água onde sufoco e anulo o oxigénio. O ar é sempre limpo e, por isso, posso invadi-lo de mim. Sou efervescente sem o crepitar do fogo. Apago a dor e lavo as mazelas de cinza. Já o fogo, acende e propaga. Dentro de um copo sem cor consigo colorir o branco transformado em vazio. Porque este suga os lápis de cor que riscam e rabiscam o espaço que se faz do tempo. Esse que tem sempre um nunca em que termina.
Já pintei os átomos enquanto me espreguicei numa fusão perfeita entre o som das gotas. Secas de luz e de negro. E neste aqui, apenas eu e água, num matrimónio de sal que a dor ainda não bebeu.
AP
Já pintei os átomos enquanto me espreguicei numa fusão perfeita entre o som das gotas. Secas de luz e de negro. E neste aqui, apenas eu e água, num matrimónio de sal que a dor ainda não bebeu.
AP
1 comentário:
...nas margens doces do Tejo, às horas pardas da melancolia...
O Reno ainda está longe, mas é união pela água.
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