segunda-feira, 25 de maio de 2009

Acreditar é só o começo...


Hoje é o dia de acreditar. O sentido que este verbo encerra transporta-me à magia da pureza e da ingenuidade da infância. Contos de fadas, de príncipes e princesas, de "bruxas más" e "lobos maus" que existiram no sangue quente que correu nas veias de quem as criou. Figuras destas, simpáticas ou antipáticas, coloridas ou cinzentas, doces ou amargas poderiam ser o espelho de qualquer estrangeiro do mundo. Talvez este seja um bom motivo para acreditar e trazer à realidade a essência das personagens de ficção. Tinker Bell (ou Sininho), a fada travessa, mas fiel companheira de Peter Pan, morreria se uma quantidade suficiente de crianças não acreditasse na existência das fadas. O seu maior sonho era ter o tamanho de um ser humano para poder abraçar Peter Pan, com quem viva num verdadeiro conceito de platonismo. Nunca ninguém tinha ouvido a voz de Tinker Bell, apenas Peter Pan a podia ouvir. Irreverente, inquieta, impaciente, apaixonada e curiosa, esta era a Sininho da minha infância. No fantástico mundo do "Refúgio das Fadas", Sininho regressou e ganhou voz. E agora, deixada para trás a Terra do Nunca e a paixão por Peter Pan, ela começa a duvidar dos seus verdadeiros dons, pelo que decide alterar a sua genuína forma de ser, em busca da plenitude. Contudo, acaba por criar situações desastrosas que pintam de cores neutras toda a natureza que a envolve. A Primavera está prestes a não acontecer pela teimosia de Sininho em não respeitar o seu interior. Mas, com a ajuda das fadas do bosque, que nutrem a natureza e trazem à tona a mudança das estações, Sininho aprende que a chave para a solução dos seus problemas é, justamente, a sua habilidade e o seu valor. Aprende que, ao ser verdadeira e fiel consigo própria, coisas mágicas podem acontecer. É possível mudar as cores das folhas, mover um raio de sol para derreter o gelo, acordar a fauna do seu sono invernal e fazer a Primavera acontecer. Basta apenas acreditar e um sopro de pó mágico. E esta é a Sininho da minha vida!

AP

Ao Paulo Oliveira

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